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Mostrando postagens de agosto 25, 2015

A VARIÁVEL LULA

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É Lula que pode ser o eixo da recomposição das forças de esquerda, democráticas e populares, recomposição que deve ser feita com novas plataformas. Lula foi situado no centro da vida política brasileira. Todos os holofotes se concentram sobre ele: ou será abatido no voo pela direita, tirando-o, no tapetão, da vida política, ou exercerá seu papel de eixo da recomposição da esquerda brasileira e conseguirá dar continuidade ao processo iniciado em 2002, com todas as adequações necessárias. Em um marco de crise de credibilidade das instituições, das forças políticas e sociais, das lideranças, a exceção fica com Lula. Não fosse assim, ele não seria alvo dos ataques concentrados da direita. Se acreditasse nas suas pesquisas, bastaria a direita esperar até 2018 e derrota-lo com qualquer um dos seus candidatos. O destino da direita depende de conseguir inviabilizar juridicamente a candidatura do Lula e ter assim o caminho aberto para reconquistar a presidên

POR QUE A DIREITA SAIU DO ARMÁRIO

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Essas manifestações são a prova mais eloquente que os governos do PT não amaciaram a luta de classes, mas a acirraram. Quando se usa essa expressão, não se está querendo dizer que ela estivesse escondida até recentemente. A direita, na era neoliberal, no Brasil, é representada pelos tucanos e seus aliados e sempre esteve ocupando o campo político como alternativa aos governos do PT. O que há de novo é a consolidação de um setor de extrema direita na classe média, que teria colocado recentemente as manguinhas pra fora, constituindo-se no fator novo no cenário politico nacional. E que parece que veio para ficar. Sem discutir a tese da Marilena Chauí – que esse setor insiste em confirmar – de que a classe média seria fascista, é inegável que pelo menos um setor dela assume teses fascistas e o faz da maneira mais escancarada, quase como um clichê, pelos slogans que exibe, pela atitude agressiva e discriminatória, pelo racismo, pelo antiesquerdismo, pelo antico

A ECONOMIA DA CHINA ABALA O MUNDO

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M odificar de repente a política econômica de um país como o   Brasil   é como mudar o rumo de um elefante no meio de uma feira lotada. Seria um milagre não ferir ninguém nem causar prejuízos, mesmo para um cornaca experiente. Para guardar as proporções ao fazer a mesma metáfora para a   China , uma economia várias vezes maior e mais dinâmica, seria o caso de imaginar uma tentativa de fazer Godzilla dar uma guinada em meio a uma carreira disparada. Foi exatamente a isso que se propôs o governo chinês em 2008, ante a crise que pôs fim ao sistema “Chimérica”, no qual cabia aos chineses produzir, exportar, poupar e financiar e aos estadunidenses consumir, importar, gastar e tomar emprestado. Depois de impulsionar por muitos anos o crescimento do comércio internacional e das exportações chinesas, o déficit de conta corrente e o endividamento crescente dos EUA haviam chegado ao limite. O novo caminho era trocar o modelo de desenvolvimento baseado nas exportações, vigente d

HUMANIZAÇÃO DAS PRISÕES - SUPREMA DECISÃO

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Como acordar sem estar sendo enrabado!... O  Supremo Tribunal Federal, por unanimidade de votos, acaba de proferir decisão histórica capaz de resolver a caótica situação das   prisões brasileiras . Verificam-se ali contínuas   violações a direitos   e garantias constitucionais fundamentais da   pessoa humana , objeto de repulsas de associações humanitárias e de condenação internacional do País por desrespeitar as regras da Convenção Interamericana de Direitos Humanos e do Sistema Interamericano de Proteção aos Direitos Humanos. A decisão tão importante não repercutiu como deveria na mídia. Talvez a crise explique. Além do comando imperativo de procedência do recurso extraordinário modificador da decisão escapista do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (entendeu o TJRG ser matéria da atribuição exclusiva do Executivo gaúcho), o STF cuidou, em razão do reconhecimento da “repercussão geral” a definições consideradas relevantes à sociedade e à nação), de afastar futu