O Povo Empurra, e Mubarak e o Vice Caem.

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 A força do povo, contra o ditador apoiado há décadas pelos EUA.
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O ditador do Egito, Hosni Mubarak, após 18 dias de protestos intensos, declarou a renúncia ao cargo de presidente, após 30 anos de permanência no cargo. O anúncio foi feito pelo vice-presidente do Egito, Omar Suleiman, que também apresentou sua renúncia.
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O povo está em festa nas ruas do Cairo e em todo o país. As gigantescas manifestações populares abriram o caminho à democratização do país e mudanças sociais e políticas mais profundas.

O desfecho é uma derrota não só do ditador como também, e principalmente, do imperialismo estadunidense e de Israel, que até ontem clamava ao mundo por apoio a Mubarak.
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 Quando lhes conveem, até as mais duradouras ditaduras são estimuladas.

Os Estados Unidos se comportaram feito barata tonta ao longo dos últimos dias, com sinalizações contraditórias, mas sem nunca colocar em questão o apoio ao ditador, um velho e fiel aliado do império e de Israel, que dispõe de arsenal atômico sem sequer ser signatário do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares.

Os milhares de manifestantes que estavam reunidos na praça Tahrir, no centro da cidade do Cairo, comemoraram a decisão. Uma multidão foi às ruas de várias cidades do Egito no início da noite no país, para festejar a decisão.

A surpreendente renúncia do ditador, que na noite de quinta-feira em um discurso à nação assegurava que se manteria no cargo até as eleições de setembro próximo, ocorreu no momento em que se encontrava com sua família no balneário de Sharm El-Sheikh, na costa do Mar Vermelho.

Até a semana passada, a repressão policial às manifestações causou a morte de pelo menos 300 pessoas e milhares de feridos, de acordo com fontes oficiais e médicas do país.

Uma explosão de protestos no dia de hoje em rejeição ao "fico" do chefe do regime, aparentemente fez com que os militares agissem e forçassem a queda de Mubarak e de seu vice-presidente.

Centenas de milhares de pessoas saíram às ruas ao longo do dia em várias cidades do país em protesto pela insistência de Mubarak em permanecer  na presidência. Manifestantes cercaram também o palácio presidencial no Cairo e, em Alexandria,  cercaram o edifício da TV estatal. Um governador de uma província do sul foi obrigado a fugir diante das manifestações realizadas contra o poder vigente.

Este foi o dia das maiores manifestações do levante iniciado em 25 de janeiro, quando todos os setores da sociedade civil se uniram para ir às ruas em protesto contra a permanência de Mubarak.

"Diante das graves circunstâncias que o país atravessa, o presidente Mubarak decidiu deixar o cargo de presidente da república", anunciou em tom grave na TV estatal o ex vice-presidente Suleiman. "Ele designou o Conselho Supremo das Forças Armadas para dirigir de agora em diante o Estado".
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Quando a queda do ditador tornou-se irreversível, Obama o abandonou, e disse que chegara a hora da democracia vingar no Egito. 
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Os Estados Unidos, através da CIA, vinham tentando promover um levante popular contra o governo do Irã, desacreditando as eleições presidenciais e dando ênfase, na imprensa mundial sob sua tutela, às repressões aos manifestantes. No entanto, estão se vendo obrigados a assistir à queda de um dos seus protegidos, que nunca foi acusado de ditador, muito diferentemente de como são tratados os governos da Venezuela, Cuba e Corea do Norte, entre outros que não lhes beijão a mão.
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