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Mostrando postagens de novembro 23, 2006

Do Cemitério de São Caetano da Raposa à Praça Nova Euterpe

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        Final de Tarde, começo de Noite... Sem olhar pra trás. Nos meus dezoito anos voltei a morar em Caruaru, agora na casa dos tios João Bartolomeu e Dolores, na Praça Nova Euterpe.  Trabalhava na Compesa, e fora transferido  para o escritório de São Caetano,  que  funcionava numa casa grande  na parte alta da cidade,  muito velha, isolada de tudo e próxima ao cemitério .    O chefe do escritório era seo Ramalho, homem  já com mais de sessenta anos,  magérrimo, quase esquelético, e de voz muito grave. Residia em Recife, pra onde viajava todas as sextas-feiras à tarde, com a feira da semana comprada lá mesmo em São Caetano. Por economia dormia no próprio escritório da empresa e a cada dia tinha uma nova história macabra para nos contar, de almas sem cabeças que caminhavam à noite arrastando correntes pelo corredor da casa, enquanto ele, rezando, passava as noites em claro. Numa certa segunda-feira, ao chegarmos para o trabalho, encontramos um enorme bura